A varicocele é uma dilatação das veias localizadas próximas ao testículo (veias do plexo pampiniforme e veia gonadal). É a principal causa possível de tratamento da infertilidade masculina, sendo responsável por aproximadamente 40% dos casos. Naqueles pacientes que apresentam exame de espermograma alterado, a incidência de varicocele é de 25%, e naqueles com esse exame sem alterações é de 10%. É mais comum do lado esquerdo em 80% dos casos, sendo bilateral em cerca de 20%, e raramente ocorre somente à direita. Na maioria dos casos é assintomática, mas dependendo do seu grau pode causar dor, sensação de peso, aumento do volume escrotal e em alguns casos diminuição do tamanho do testículo (atrofia testicular).
O lado esquerdo é o mais acometido pois a veia gonadal esquerda é mais longa que a direita e drena em ângulo reto para a veia renal esquerda. Assim, forma-se uma longa coluna hidrostática com pressão que dilata o plexo venoso próximo ao testículo. Isso ocorre principalmente quando existe uma incapacidade das válvulas dessas veias em bombear o “retorno” do sangue em direção ao coracão.
A estase de sangue nessas veias dilatadas levam ao aumento da temperatura escrotal e testicular com maior produção de substâncias lesivas ao testículo. Isso leva a uma alteração (diminuição) na produção e qualidade dos espermatozóides.
O diagnóstico da varicocele é feito com exame físico onde o médico solicita ao paciente para fazer força com o abdomen (manobra de valsalva) como tossir por exemplo, fazendo com que as veias se dilatem (se enchem de sangue), e assim sejam facilmente palpadas. As varicoceles são pequenas (grau 1), quando são palpáveis apenas com a manobra de valsalva, são moderadas (grau 2), quando palpáveis facilmente sem essa manobra, e grandes (grau 3), quando são detectadas visualmente e palpadas. São classificadas como subclínicas aquelas varicoceles que não podem ser diagnosticadas pelo exame físico (pois a dilatação das veias é pequena), mas apenas por exames complementares como a ultrassongrafia com Dopller.
Quando suspeitada a presença de varicocele é solicitado um exame de ultrassonografia dos testículos. Além disso é necessário ao menos dois exames de espermograma, para avaliar o número de espermatozoides produzidos.
A varicocele apresenta efeitos nocivos a função do testículo que podem ser progressivos. Portanto, os pacientes que apresentam piora da função testicular (verificada por alterações na qualidade do sêmen), aqueles que tem atrofia testicular e os que sofrem por dor escrotal importante, necessitam de correção cirúrgica. A correção da varicocele está indicada em casos de alteração do espermograma com infertilidade e/ou dor crônica nos testículos, e recomendada em homens solteiros, portadores de varicocele clínica e alteração do espermograma. A definição da melhor forma de tratamento necessita de uma análise criteriosa em consulta. O procedimento de correção é realizado com anestesia, com uma pequena incisão de aproximadamente 2 cm, e pode ser feito via ambulatorial ou com internação de 1 dia. A técnica cirúrgica mais eficaz para o tratamento da varicocele é aquela que utiliza a microcirurgia.
Cerca de 70% dos pacientes apresentam melhora significativa dos parâmetros tradicionais do ejaculado entre 3 e 12 meses após a cirurgia.
É importante lembrar também que o tratamento da varicocele pode fazer com que os casais diminuam a complexidade do tratamento de reprodução assistida. Assim, mesmo que não ocorra a gestação espontanea, pacientes que somente teriam condições de se reproduzir com técnicas mais avançadas e complexas de reprodução assistida (como a fertilização in Vitro convencional e a fertilização in Vitro por ICSI- Intra Citoplasmatic Sperm Inject – Micro Manipulação de Gametas.), podem ser submetidos a técnicas mais simples, como a inseminação intra-uterina. Além disso, devido a varicocele ser uma doença progressiva, a cirurgia de correção previne e preserva a saúde testicular.
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