A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, e pode interferir nas atividades e na qualidade de vida de homens e mulheres. Estudos estimam que 12 milhões de americanos e 10 milhões de brasileiros apresentam incontinência urinária. Cerca de 15 a 30% das pessoas acima de 60 anos apresentam algum grau de incontinência urinária, e entre os idosos que vivem em casa de repouso ao menos 50% tem essa condição. O número exato de pessoas com incontinência urinária não é conhecido e pode superar essas estimativas. Isso ocorre por que algumas pessoas não procuram ajuda por desconhecer que o problema apresenta tratamento, ou achar que pode ser uma decorrência normal do envelhecimento. As mulheres têm uma probabilidade 2 vezes maior que os homens de apresentar este sintoma.
Uma vez que a incontinência urinária é um sintoma, diferentes doenças podem causá-la. Algumas doenças são transitórias e tratadas de forma muito simples como as infecções urinárias, infecções vaginais, constipação intestinal e os efeitos colaterais de medicações. Outras causas podem apresentar uma duração mais longa ou até permanente, como a Bexiga Hiperativa (hiperatividade vesical), o enfraquecimento do músculo esfincteriano que envolve a uretra (esfíncter uretral), fraqueza dos músculos que sustentam a bexiga, cirurgias pélvicas (ou sobre a próstata e a bexiga), doenças ou lesões da medula, e doenças que acometem nervos e músculos como derrame cerebral, poliomielite, distrofia muscular, doença de Parkinson, esclerose múltipla, etc. Em alguns casos pode haver mais de uma causa presente.
A incontinência urinária não é somente um problema médico, podendo trazer importantes transtornos psicológicos e emocionais. Muitos pacientes se afastam do contato social e familiar, deixando de realizar atividades cotidianas que possam afastá-las do banheiro por algum tempo. As consequências do constrangimento decorrentes da incontinência urinária podem ocasionar o isolamento social e em alguns casos a depressão.
A grande maioria das causas de incontinência urinária podem ser tratadas com sucesso, ou conduzidas de forma que as suas consequências não interfiram significativamente na qualidade de vida, e em um estilo de vida ativo e produtivo.
A incontinência urinária é classificada de acordo com os sintomas e as circunstancias em que ocorrem no momento da perda de urina. Para expulsar a urina da bexiga de forma adequada (ato miccional) deve existir uma coordenação entre a bexiga e o músculo que fecha a uretra (esfíncter urinário). A maioria das pessoas controlam completamente esse processo, permitindo o enchimento da bexiga até 400 ou 500 ml, sem ocorrer incontinência urinária. Na fase em que a bexiga está se enchendo, ela encontra-se relaxada e o esfíncter contraído. Na fase de esvaziamento o esfíncter uretral relaxa e o músculo da bexiga contrai expulsando a urina para fora da bexiga pelo canal urinário (uretra). Essa coordenação deve estar em perfeita sintonia e chama-se sinergismo vésico-esfincteriano.
- Incontinência Urinária de Esforço: Decorre de uma fraqueza dos músculos do assoalho pélvico ou uma lesão ou fraqueza do esfíncter uretral. Nessa circunstancia ocorre perda de urina quando se faz esforços que envolvem o abdômen tais como tossir, espirrar, carregar pesos, dar risada, e em alguns casos caminhar.
- Incontinência Urinária de Urgência: Também chamada de bexiga hiperativa, nessa situação ocorrem perdas urinárias pois a bexiga contrai-se sem o seu comando. O paciente tem a sensação “que deve correr ao banheiro” mas não consegue chegar a tempo de evitar perdas urinárias. Há situações em que ocorrem perdas de urina sem nenhum aviso prévio. As causas desse tipo de incontinência podem ser uma infecção urinária que leva a uma inflamação da camada interna da bexiga (mucosa), alterações nos nervos que controlam a bexiga e em alguns casos a causa pode ser indeterminada.
- Incontinência Urinária Mista: É uma combinação da Incontinência Urinária de Esforço e de Urgência.
- Incontinência Urinária por Transbordamento: Ocorre quando a bexiga fica tão cheia que simplesmente chega a transbordar. Essa condição ocorre quando há um enfraquecimento do músculo da bexiga, pela obstrução da bexiga à passagem da urina e a diminuição da sensibilidade vesical (individuo não percebe que a bexiga está cheia). O aumento do volume prostático pode levar a essa condição. Esse tipo de incontinência por aumento da próstata com obstrução da uretra e consequentemente da bexiga ocorre de forma mais frequente nos homens. O enfraquecimento do músculo vesical e a diminuição da sensibilidade pode ocorrer da mesma forma em homens e mulheres, mas principalmente em pacientes com diabetes, com alguns distúrbios neurológicos, e aqueles que fazem uso de álcool.
- Incontinência por Fístula Urinária: Trata-se de uma incontinência urinária contínua que leva à perda constante de urina. São formadas decorrentes de comunicações anômalas entre um órgão do trato urinário (bexiga ou ureter) e a vagina. No entanto outros órgãos podem ser acometidos também como a uretra, útero, intestino e reto. Essas comunicações são em geral consequências de um traumatismo, processo inflamatórios, procedimentos cirúrgicos prévios e também a radioterapia.
- Enurese Noturna: É a perda de urina involuntária durante o sono. O exemplo mais comum é o da crianças sem anomalias e que já apresentam o controle urinário diurno e apresentam essa condição. A maioria das crianças tem resolução espontânea e os tratamentos são indicados em geral após os 6 anos. A resolução espontânea ocorre em 15% ao ano e quase todas as crianças adquirem o controle urinário perfeito até os 15 anos. Existem várias causas envolvidas para essa condição, mas a hereditariedade parece ser o principal fator.
A investigação dos sintomas é feita analisando o início da queixa dos sintomas, a história pregressa de cirurgias, os exames realizados, os medicamentos em uso pelo paciente, e um diário miccional. Complementam essa investigação o exame físico e alguns exames complementares como exame de urina, exames radiológicos do trato urinário, ultrassonografia com analise do resíduo urinário pós-miccional, e estudo urodinâmico.
Andropausa (DAEM)
Bexiga hiperativa
Bexiga neurogênica
Câncer de bexiga
Câncer de próstata
Disfunção erétil
Doença de Peyronie
Ejaculação Precoce
Esfincter Artificial
Estenose de uretra
Hiperplasia prostática benigna
Incontinência Urinária Masculina
Infecções Urinárias
Litíase renal
Microcirurgia
Prostatite
Prótese peniana
Reversão de vasectomia
Tumores de rim
Tumores de testículo
Varicocele
Vasectomia
Bexiga hiperativa
Câncer de bexiga
Cistite intesticial
Endometriose do trato urinário
Infecções Urinárias
Litíase renal
Prolapsos vaginais
Tumores de rim
Criptorquidia
Enurese noturna
Fimose
Hérnia inguinal
Hidrocele
Infecções Urinárias
Litíase renal
Refluxo vesico-ureteral